terça-feira, 31 de julho de 2012

Algumas mulheres da História da Matemática

Leia parte da versão de indicativo no tema Mulher/Feminino, uma colaboração do professor João Batista do Nascimento, da Faculdade de Matemática do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN) da Universidade Federal do Pará (UFPA):

Algumas Mulheres da História da Matemática, por Nascimento, J. B.- ICEN/ UFPA
INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

É certo que só no caminho do traço é que se vai assim de ponto em ponto.
Cecília Meireles (1091-1964), Poetisa Brasileira

Quando má educação se torna o sustentáculo mais promissor das vertentes políticas, como no caso do Brasil, a escola vira uma panaceia e lócus concentrador até das piores discrimina ções. Porém, ao mesmo tempo essa recebe os que ainda socialmente pouco se inteiraram disso ou tocaram em tais fatores em condições de haver chances de mudança.

São chances de esperança quase vã, mas não existe outro meio em condições de mudar tal panorama e tudo que nasce ou deixa de nascer socialmente em função da escola ou ausência desta, retornar-lhe- á até de forma mais intensa, já que o vazio de escola produz sem receber nada.

Um dado que diria nem haver discriminação de gênero, de fato se fosse seria no sentido inverso, e o predomínio histórico das mulheres nas séries iniciais no Brasil. Mas à medida que vamos subindo na escala escolar avista-se, especialmente nas áreas de Exatas e Tecnológicas, quadros de espantosa ausência dessas. E o mais grave: alguns quadros que apresentam até certas reversões, como o número global de matrícula no ensino superior brasileiro já ser maior de mulheres, isso não se caracteriza por mudanças específicas na qualidade da escola, mas por outras razões conjunturais, portanto, sem qualquer garantia de que não se retorne ao ponto inicial ou até para situação muito pior.


No caso da Matemática, da presença feminina só se pode dizer que foi historicamente
esporádica. Na mais antiga escola dessa especialidade, pitagórica, uma lembrada é Theano,nascida em 546 a.C.,


É também conhecida como filósofa e física. Essa foi aluna de Pitágoras e supõe-se que tenha sido sua mulher. Acredita-se que ela e as duas  filhas tenham assumido a escola pitagórica após a morte do marido.


Mas em época algum deixa de haver discriminação contra mulher e nem só conhecer a 
história de alguma é suficiente nisso, precisar rebuscar os  étodos e parâmetros que estão nas formulações do ensino, e não apenas da matemática, e na estruturação geral das 
concepções escola e sociedade. Levando, portanto, para ser preocupação de toda formação docente, apenas matemática  e o cerne neste.

E não é pretensão esgotar o tema, mas apenas fazer um pequeno apanhado de algumas dessas mulheres para servir de referência inicial para proposta metodológica que desenvolvemos - preconizamos que só ganhará profundidade com pesquisa e prática escolar- , sem que com isso se queira depreciar qualquer outra mulher que não conste e nem as demais obras existentes no tema. Ou seja, não se defende ser melhor do que nenhuma abordagem/proposta, mas se garante ser absolutamente diferente.

Entretanto, perceber diferença exige acuidade, muito estudo, paciência e vigilância permanente, especialmente no caso docente. Posto que, isso só faz sentido enquanto no campo do desconhecido, fora do treinado e fazer parte do que propositadamente bloquearam.


É preciso lembrar que a grande força de uma ideologia não fica com os seus claramente partidários, mas quando praticada até pelos que têm toda característica de ser sua vítima e inocentes inúteis ou neutros.

Assim, analisando, em tudo que relatamos, em forma de artigos, o foco principal são os 
conteúdos e o ensino da matemática, pois são esses conhecimentos que farão com que o aprendiz compreenda e valorize cada uma.

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