quarta-feira, 4 de junho de 2014

Feira Pan-Amazônica do Livro abre espaço para inclusão


Trabalhos desenvolvidos por alunos especiais fizeram parte das atividades desenvolvidas pela Seduc.
No estande da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), nesta terça-feira (3), trabalhos desenvolvidos em escolas especiais fizeram parte das atividades disponíveis para os visitantes da XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. As equipes pedagógicas, juntamente com equipes técnicas das unidades de educação especial participaram do
estande da Seduc com apresentação de trabalhos desenvolvidos no ambiente escolar por alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
O estande teve lançamento de livros de alunos do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/ Superdotação (NAAH/S Pará), onde quatro alunos tiveram noite de autógrafos e venda de suas publicações. Os volumes foram desenvolvidos a partir das atividades do NAAH/S. O
Núcleo realiza seu atendimento na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Vilhena Alves, em Belém.
O aluno Ramon Gabriel Miranda, que esteve presente no estande da Feira, divulgou o lançamento da sua primeira criação, o livro AChave. Ramon, 13 anos, escreveu sobre a guerra entre duas raças. Na sinopse, entregue aos visitantes, Ramon diz que literalmente brincando com as palavras, eu acabei por me apaixonar por escrever. O aluno explica que demorou cerca de um ano para colocar no papel as ideias. Depois que eu vi ele pronto, deu uma emoção!”. Ramon teve a orientação e revisão da
Professora Márcia Maria Xavier Veloso, do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades.

Deficientes Visuais - A Unidade Técnica José Álvares de Azevedo, unidade com 312 alunos matriculados, na faixa etária de zero até a terceira idade, apresentou material utilizado para estimulação e alfabetização em braile. A escola trabalha com a produção de material para deficientes visual, cego ou baixa visão, proporcionando aos alunos atendimento necessário e adequado para acompanhar o
desenvolvimento e a aprendizagem de acordo com o potencial do aluno e suas condições bio-psico-sociais.
Para Luiz Otávio Mota, professor e Coordenador do Núcleo de Produção em Braile da Unidade, o trabalho da Álvares de Azevedo é um trabalho inclusivo. O que se pretende é educar dando possibilidade para esse aluno exercer a sua cidadania, orientá-lo para chegar ao mercado de trabalho, para que ele seja uma pessoa com oportunidades iguais, apesar de suas limitações, explica.

Deficiência Intelectual - A Unidade de Educação Especializada Prof. Yolanda Martins e Silva, tem 367 alunos, entre crianças, jovens e adultos. O trabalho apresentado é uma síntese dos trabalhos feitos pelos professores em sala de aula na unidade. Esse ano, o projeto apresentado, no estande da Seduc, tem como tema Brasil na Copa do Mundo; abordando a Copa do Mundo e a eleição. A unidade trabalha para proporcionar aos alunos um desenvolvimento das potencialidades desses grupos.
Para Rosilene Mesquita, diretora da unidade, o trabalho com projetos curriculares deu sentido a aprendizagem. É muito desafiador ensinar as pessoas com deficiência. Você tem que buscar algo que dê sentido aquela aprendizagem. Com esse trabalho, o que a gente vê de pronto é que melhora a frequência, a aprendizagem, combate a evasão escolar, porque movimenta a escola, ressalta.

Pessoa com surdez - O Instituto Felipe Smaldone (IFS), uma instituição que trabalha há 40 anos, da Congregação das Irmãs Salesianas do Sagrado Coração de Jesus ,também estive na Feira Pan-Amazônica do Livro. A instituição pode mostrar o trabalho da equipe multidisciplinar de atendimento aos alunos com surdez. O Instituto atende crianças e jovens surdos, de 0 a 18 anos. O apoio às escolas regulares através de atendimento especializado ao aluno surdo promove uma adaptação dessa pessoa com surdez para a realização de atividades na vida escolar e encaminhamento para a vida profissional. As metodologias sensibilizam e criam a prática para eliminar a vulnerabilidade social dessa pessoa com surdez.
No estande na Feira do Livro, a equipe mostrou o uso da linguagem de sinais, com banner do alfabeto manual da Língua Brasileira de Sinais (Libra), cartilhas, livros e vídeo feito sobre o apoio psicopedagógico, a inclusão escolar, o espaço e as atividades oferecidas no Instituto. O material usado para fortalecimento da comunicação com a pessoa surda, o apoio a formação continuada e no contra turno dos alunos surdos foram disponibilizados para os visitantes da Feira. Para saber mais do instituto e suas atividades, acessar WWW.institutofelipeesmaldone.com.br

Programação da Feira - Nesta quarta-feira (4), o estande da Seduc apresenta Oficina de Letramento Visual, Projovem Campo e Caravana da Leitura. As atividades foram idealizadas para socializar programas desenvolvidos na educação do Estado do Pará e informando ao público visitante da Feira a conscientização de possíveis caminhas para integração social.

Texto: Silvia Leão

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